Por: Fernando Guifer

Retornando após seis anos jogando na Europa, a armadora-direita da seleção, Francine Carraro, é atualmente um dos grandes destaques do Handebol brasileiro que vem conquistando respeito em todo o mundo a cada dia. A atleta de 31 anos que defendeu o Hypo da Áustria nas últimas duas temporadas, vai atuar por Jundiaí nos Jogos Abertos do Interior, que acontecerá na cidade de Bauru entre os dias 12 e 24 de novembro.

Fran coleciona resultados expressivos na modalidade, como participações em três Mundiais (Rússia/2005, França/2007 e Brasil/2011), um vice-campeonato no Pan-Americano do Chile, campeã no Torneio das Nações (Holanda) e Copa Turchin (Ucrânia), em 2006, o título Pan-Americano em Guadalajara 2011, além do quinto lugar no Mundial de São Paulo e sexta colocação nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Morando em João Pessoa, a camisa 20 da seleção brasileira, que tem vindo com frequência ao estado de SP para eventos e preparação física, bateu um papo exclusivo com o portal da FPHand e falou sobre sua carreira, a estadia na Europa, o futuro, Jogos no Rio, hobbies, sonhos e muito mais. Confira!

– Como está sendo este retorno ao Brasil?

Estou muito feliz em estar de volta ao meu país. Não tenho do que reclamar em relação a minha estadia na Europa, mas voltar ao Brasil é muito bom. Na verdade, estou de férias, pois um dia corro e no outro faço academia, e isso para mim é estar de férias. Também tenho treinado um pouco de Handebol de Areia, já que estou morando em Joao Pessoa (PB).

– Deve atuar novamente no Handebol brasileiro?

Na verdade não existe nada em concreto, o único certo hoje é que vou atuar nos Jogos Abertos de Bauru por Jundiaí, já é o primeiro passo de estar voltando de verdade.

– Está aberta em receber propostas para jogar por aqui na próxima temporada?

Claro que estou aberta à propostas.

– Você vai defender Jundiaí nos Jogos Abertos. Como está sua expectativa em torno disso?

Estou muito contente em poder atuar novamente numa equipe em que sempre fui recebida como uma filha e, isso é muito gratificante, pois foi em Jundiaí que comecei a jogar o Handebol profissional de verdade, e voltar a jogar em Jundiaí é relembrar o passado onde passei momentos muito felizes.

– Aponte as principais diferenças entre o Handebol europeu para o brasileiro.

Acho que se resume em uma palavra: Profissionalismo.

– Como o Handebol brasileiro é visto lá fora?

Agora somos vistas com respeito. Antes achavam as jogadoras, trabalhadoras e guerreiras, mas não com um bom Handebol. Hoje fizemos com que mudassem de opiniao, hoje todas equipes querem ter brasileiras em seu clube. Somos respeitadas no mundo todo.

– Comente sobre sua experiência em Jogos Olímpicos.

Foi a primeira vez em que participei de uma Olimpíada e foi uma experiência inesquecível, que, aliás, eu não ligaria em ter que passar por essa experiência novamente (risos). É um sonho realizado.

– Está otimista com os Jogos Olímpicos no Rio?

Estou sempre otimista e acredito que será inesquecível, como foi o mundial realizado aqui no Brasil.

– Você pretende estar lá?

Como disse antes, eu adoraria passar por essa experiência novamente, ainda mais sendo em nossa casa.

– E a fisioterapia na sua vida?

Ficou para um segundo plano, mas agora jogando no Brasil sei que consigo conciliar o Handebol com a fisioterapia, e é o que tentarei fazer daqui para frente.

– Você adora ler e ouvir música nas horas vagas. O que você tem escutado ou lido ultimamente para indicar?

Na verdade, música eu escuto mais quando estou limpando a casa ou em alguma viajem. Escuto de tudo, Samba, Sertanejo, MPB, Forró, etc; E no momento estou lendo: Quando o Amor Transpõe o Oceano (Winifred Ethel Netto).

– Você ainda tem sonhos que considera ‘realizáveis’ no Handebol?

Ganhar uma medalha Olímpica, pois sei que se conseguíssemos essa medalha mudaríamos totalmente o reconhecimento ao Handebol Brasileiro fora e no Brasil.

– Deixe um recado aos fãs que acessam nosso portal.

Aos amantes do Handebol só tenho uma coisa a dizer: NUNCA DESISTAM DOS SEUS SONHOS.

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