Seleção Brasileira melhora sete posições e termina Mundial Júnior com boa campanha
CAIRO / EGITO (LCS) – A Seleção Brasileira de Handebol Masculino fez excelente campanha no Campeonato Mundial Júnior, encerrado nesta quarta (19) no Egito. O Brasil terminou na nona colocação e melhorou a sua classificação em sete posições em relação às edições anteriores, já que em 2005 e em 2007 não passou da primeira fase e terminou na 16ª posição. Mas, além disso, o grande mérito da equipe brasileira foi jogar de igual para igual com as principais equipes européias e ainda conseguir vencer algumas delas.
“Ficamos satisfeitos com a nossa participação no Mundial, o resultado foi muito bom, porém, sabemos que poderia ter sido ainda melhor e que chegamos muito perto das semifinais. Agradeço toda a dedicação e empenho dos jogadores. Esta geração, além de ter um nível técnico muito alto, foi muito disciplinada e focada na competição, o que fez toda a diferença”, comentou o técnico Sérgio Hortelan.
Durante a competição, os brasileiros realizaram nove partidas, com cinco vitórias e quatro derrotas: ganharam de três dos cinco europeus com quem jogaram (França, Noruega e República Tcheca). E, também derrotaram dois africanos Irã e Tunísia, e foram superados pela Espanha, Argentina, Egito e Alemanha. “O grande passo da Seleção Brasileira na competição foi conseguir desenvolver o nosso potencial e jogar de igual para igual com as principais equipes européias. Apesar de toda a tradição dessas escolas, acreditamos que poderíamos vencer e conseguimos bons resultados”, disse Hortelan.
O treinador analisa toda a participação do Brasil no Mundial. “É muito difícil manter um nível técnico alto em todas as partidas, mas conseguimos jogar bem na maioria dos confrontos. Contra França, Noruega, República Tcheca, Irã e Tunísia, nós fomos muito bem e vencemos. Já contra o Egito e Alemanha fizemos jogos equilibrados, com chances de vencer, mas faltaram alguns detalhes para sair com o resultado positivo. Acredito que no jogo diante dos donos da casa, a arbitragem não nos favoreceu e contra os alemães, a parte física fez a diferença, já que era o terceiro jogo da segunda fase e os atletas sentiram bastante o desgaste dos jogos”.
“A nossa insatisfação ficou conta da partida contra a Espanha, que apesar do adversário ter uma ótima atuação, nós não jogamos bem e, principalmente, contra a Argentina, já que tínhamos muitas chances de sair com a vitória. Entretanto, os jogadores ainda sentem um bloqueio nos confrontos entre Brasil e Argentina devido a grande rivalidade e não tivemos uma boa atuação”, comentou Hortelan.
Técnica e taticamente, a defesa do Brasil merece destaque. “O nosso sistema defensivo funcionou muito bem e criou muitas dificuldades para os adversários. Além disso, os goleiros, tanto o João quanto o Bombom, também tiveram um grande desempenho e nos ajudaram muito”, disse.
Já o ataque, segundo o treinador, é algo que ainda precisa ser aprimorado. “Precisamos melhorar o nosso processo de atacar, temos que saber quando e como atacar melhor, o momento de acelerar o jogo, o momento de jogar com mais tranqüilidade, enfim, são detalhes que fazem a diferença e que precisamos estar mais atentos”.
Agora os planos para o futuro é buscar um lugar na equipe adulta. “A função da Seleção Júnior é formar os jogadores e prepará-los para a Seleção Adulta. No Mundial Júnior, os jogadores demonstraram maturidade e capacidade de que podem ser utilizados na equipe principal, mas para isso devem seguir trabalhando forte e buscar o seu espaço”, concluiu Hortelan.