Posição de goleiro: início de renovação de Jordi Ribera na seleção masculina
Maik, com lesão no joelho, e Marcão ficaram fora da disputa do Pan-Americano; Rick e Ferrugem agarraram a responsabilidade na competição realizada na Argentina
Após sair do Pan de Guadalajara sem a vaga para os Jogos de Londres, a seleção brasileira masculina de handebol entrou em um processo de mudança e renovação. O primeiro ato aconteceu com a volta de Jordi Ribera ao comando da equipe. Na sequência, visando ao Campeonato Pan-Americano, disputado na Argentina, o treinador espanhol iniciou a reformulação. Um bom exemplo é a posição de goleiro, que vinha sendo ocupada pelos irmãos Marcão e Maik. Desta vez, a responsabilidade ficou nas mãos de Leonardo Vial Tercariol, o Ferrugem, e Luiz Ricardo do Nascimento, o Rick.
– Estou muito feliz com o desempenho de Ricky e Ferrugem. Agora, tenho certeza de que foi uma boa decisão dar oportunidades aos jovens atletas nesta competição na Argentina – analisou Jordi Ribera.
Na campanha que rendeu o segundo lugar no Campeonato Pan-Americano – derrota por um gol de diferença para a Argentina (22 a 21) nos segundos finais – e uma vaga para o Mundial de 2013, a seleção trabalhou com seis atletas novatos. Jordi fez questão de lembrar que apenas dois jogadores do grupo estiveram presentes em sua primeira passagem no comando do Brasil.
Segundo o espanhol, os treinadores devem assumir os riscos de convocarem jovens. Com esse pensamento, nos três primeiros jogos da competição, o treinador optou por um revezamento no gol brasileiro. Rick e Ferrugem, ambos do Metodista/São Bernardo, tiveram bom desempenho e agradaram. Na reta final, o posto de titular ficou com o primeiro. Apesar de terem passado confiança para o chefe, os goleiros precisam de mais bagagem para atuar em grandes competições.
– Eles (Rick e Ferrugem) ainda têm um longo caminho para percorrer. Espero que os atletas trabalhem para melhorar a cada dia. Não apenas em suas equipes, não apenas no Brasil. Eles devem trabalhar para serem os melhores do mundo – disse, antes de completar com outra boa mensagem.
– Todos os dias, temos que ser melhores do que ontem. Somente assim poderemos quebrar a barreira que nos separa dos melhores. Os atletas devem sempre aspirar por um lugar na seleção de seu país. É o maior orgulho que se pode sentir.
Desde 2001 na seleção adulta, quando foi convocado para a disputa de um Sul-Americano, o goleiro Maik, de 31 anos, não pode disputar o Campeonato Pan-Americano, na Argentina, devido a uma cirurgia no joelho. O problema do atleta se tornou uma oportunidade para o treinador Jordi Ribera testar novos nomes para a posição.
– Acredito que perdi um pouco de espaço com essa cirurgia. Mas, é importante para o treinador poder olhar outros jogadores. Alguns atletas já estavam merecendo essa oportunidade. Acredito no meu potencial e pretendo voltar ainda melhor. Tudo vai depender do meu trabalho – analisou o irmão do veterano Marcão, outro arqueiro com muita história na seleção brasileira.
Sobre a sua participação nas próximas grandes competições, o goleiro projeta continuar servindo a seleção. A experiência adquirida ao longo de quase 12 anos de serviços prestados é sua arma para voltar a defender a meta brasileira.
– Meus planos é me recuperar até o final deste ano e participar do Mundial 2013 (na Espanha). No caso de eu estar bem fisicamente, tenho certeza de que posso ser útil nos Jogos Pan-Americanos e nas Olimpíadas de 2016 com toda a minha experiência – encerrou Maik.
Dono da camisa 1 na semifinal e final do Campeonato Pan-Americano, Rick, um dos novatos que ainda não tinha trabalhado com Jordi Ribera, elogiou o trabalho de renovação. Em sua opinião, o grupo ganha um novo ânimo.
– Avalio este momento de renovação na seleção como muito bom, tanto para os atletas que estão entrando quanto para os que já estão há muito tempo. Assim quem esta de fora sabe que, jogando bem, terá uma chance de representar a seleção também – disse.
Fonte: http://www.ahebrasil.com.br