Brasil faz campanha histórica e fica em quinto no Mundial. Noruega é campeã
O handebol feminino brasileiro conseguiu no domingo seu melhor resultado na história dos Mundiais. A equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak goleou a Rússia por 36 a 20 (18 a 11 no primeiro tempo) no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e encerrou a competição em quinto lugar. Antes, o melhor desempenho verde e amarelo havia sido em 2005, na Rússia, quando ficou em sétimo.
Em quadra, o duelo foi de opostos. Enquanto o Brasil entrou ligado, disposto a obter a melhor posição em Mundais, a Rússia parecia abatida por ter perdido a chance de tentar o tetracampeonato. Isso se refletiu no resultado desde os primeiros minutos. Mais rápidas no contra-ataque e atentas na defesa, as brasileiras logo abriram 3 a 0 no placar.
Quando a Rússia atacava, brilhava a estrela de Chana. A goleira estava inspiradíssima e fez, pelo menos, três grandes defesas no primeiro tempo. Com essa segurança atrás, as pontas Alexandra e Fernanda garantiram o poder ofensivo, e o Brasil chegou ao intervalo com sete gols à frente no placar.
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No segundo tempo, o Brasil pisou ainda mais no acelerador e ampliou a vantagem. “Cumprimos o objetivo de superar nossa melhor colocação em Mundiais e conseguimos fazer com que o handebol brasileiro ganhasse respeito na Europa. É tudo bom demais”, comemorou a armadora Eduarda Amorim, a Duda. “No jogo de hoje, mesmo no limite físico e mental, conseguimos ter concentração. Agora, já estamos pensando em Londres. Pode ter certeza de que vamos atrás da medalha”, completou a também armadora Deonise.
O técnico Morten Soubak mostrou satisfação com a campanha brasileira. “Jogamos um Mundial excepcional e conseguimos brigar de igual para igual com todos os outros times. Erramos naqueles 15 segundos contra a Espanha”, lamentou. “Claro que sempre há o que melhorar, e o principal é equilibrar mais a defesa. Em um mesmo jogo, há períodos em que tomamos muitos gols e outros em que não tomamos nenhum”, acrescentou o dinamarquês.
O treinador russo, Evgeny Trefilov, assumiu a responsabilidade pela derrota e achou o resultado justo. “Não adianta tentar achar justificativas”, afirmou.
Brasil, da armadora Deonise, ficou em quinto e obteve sua melhor colocação em Mundiais.
Crédito: Photo & Grafia
Noruega bate França e é campeã. Espanha, algoz do Brasil, é bronze – A hegemonia no handebol feminino é da Noruega. Neste domingo (18), as escandinavas conquistaram o título do Campeonato Mundial ao derrotarem, sem dificuldade, a França por 32 a 24 (19 a 13 no primeiro tempo). Foi o segundo título da competição na história do país nórdico, que vencera pela primeira vez em 1999, em torneio sediado na própria Noruega e na Dinamarca. Além disso, a equipe é a atual campeã olímpica e tetracampeã europeia.
Além da medalha de ouro, a Noruega, que já tinha vaga garantida nos Jogos Olímpicos de Londres pelo título europeu no ano passado, teve a pivô Heidi Loke eleita para a seleção do Mundial. “É muito difícil explicar o sentimento de ser campeã europeia, mundial e olímpica. Estamos realizadas, muito satisfeitas”, disse a goleira Kari Grimsbo.
Na disputa pela terceira colocação, a Espanha – algoz do Brasil nas quartas de final – levou a melhor sobre a Dinamarca. A equipe ibérica conquistou a terceira posição com vitória sobre a Dinamarca por 24 a 18 (9 a 9 no primeiro tempo). As espanholas superaram o quarto lugar alcançado na China, em 2009, melhor marca, até então. Elas subirão no pódio pela primeira vez no campeonato.
Com a agência Photo & Grafia.
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