Alma do Santo André, Baby acredita em time forte e coeso no Final Four do Super Paulistão
São Paulo (SP) – 20 anos sob o comando do técnico Rubens Piazza. Só com esse dado, dá para perceber que Cristiane Santos, a Baby, faz a diferença para a equipe do AD Santo André que chega à mais uma final do Super Paulistão Feminino.
“Conheço o Pizza desde a minha quinta série. São 20 anos, o conheço bastante”, revelou. Para a jogadora, o amadurecimento da equipe do ABC nos últimos anos, com direito ao título estadual ano passado, é fruto também do amadurecimento do treinador.
“Acompanho faz tempo o Piazza e vejo o quanto ele também mudou os treinamentos. Ele estuda muito o adversário e vem fazendo a diferença nos treinamentos. Em nossa equipe você não é exclusiva de uma posição, você acaba aprendendo a jogar em outra e isso é muito bom por que não limita a atleta”, exaltou.
Aos 36 anos, Baby é a cara da equipe de Santo André, quiçá dizer que é a alma. Emocionada, a atleta não esconde a satisfação em olhar para trás e ver que muitos obstáculos na carreira serviram hoje para que o time fosse reconhecido no cenário esportivo não só paulista, mas também no Brasil.
“Sou de Santo André, nasci aqui e fico feliz em olhar para trás e ver que tudo valeu a pena. Se há dez anos não tínhamos nem ginásio para jogar, hoje há 4, 5 anos temos um ginásio só para isso, temos uma estrutura e estamos sediando pela segunda vez as finais do paulista”, comemorou.
Antes de descobrir a paixão pelo handebol, Baby passou por outros esportes. “Primeiro fui para o atletismo, mas sentia que não me completava, depois fiz basquete e na quinta série conheci o Piazza, na Educação Física, ele foi meu professor”, contou.
Hoje, tantos anos depois, Baby é referência para as atletas da equipe. “Elas falam isso”, diz tímida para depois completar: “Agente ama o que faz e tento sempre passar para as mais novas se dedicarem sempre. Às vezes elas falam ‘baby como você pode correr tanto aos 36 anos, mais do que muitas’ e eu digo, é por que amo o que eu faço e sou feliz. Tento mostrar para elas que anos atrás não tínhamos a estrutura que elas têm hoje. Hoje, graças a Deus, elas moram em boas casas, eu sou da época em que morávamos embaixo das arquibancadas do Dell’Antônia (ginásio), que era o que podiam nos dar. Hoje elas têm outra realidade e é preciso se dedicar”.
Sobre o duelo do final de semana, ela diz que será complicado. “Tenho certeza que serão jogos difíceis, jogos complicados. Mas nosso grupo está fechado e jogar em casa é um fator motivacional a mais”, finalizou.
O AD Santo André encara o EC Pinheiros às 16h30 na segunda semifinal; antes, às 14h30, a Metodista/São Bernardo faz semifinal do Super Paulistão 2014 com o Instituto Buzzo Sport/São José no sábado, 18 no Ginásio do Camilópolis, em Santo André.