Técnico quer handebol brasileiro com mais fome do que rivais
O técnico da Seleção Brasileira de handebol, o dinamarquês Morten Souback, afirmou nesta terça-feira que o time dirigido por ele vai disputar com as principais seleções do mundo um lugar no pódio olímpico. Ele admite que a sua equipe não está entre as favoritas, mas que tem em mãos um grupo altamente concentrado e preparado para a competição. “Espero que tenhamos mais fome que os adversários”, diz ele.
Há três anos no País, Souback diz que já se abrasileirou um pouco e que pode tirar proveito do “lado emocional” das brasileiras. “Essa questão emocional pode ajudar também. Se em alguns momentos é prejudicial, é preciso saber tirar vantagem disso”, disse ele, sem revelar a estratégia. Em sua primeira Olimpíada, ele diz que também está ansioso pela estreia, apesar de encarar o torneio como outro qualquer.
“Nós estamos aqui para brigar por uma medalha, cientes que nós não somos os favoritos, não temos a mesma história que as demais equipes. São 11 equipes que vão chegar aqui para brigar pela medalha. Mas temos uma equipe focada e estamos bem preparados para a competição”, diz.
Ele diz que o quinto lugar no Mundial do ano passado, em São Paulo, deixou a equipe em mais evidência e que o fato de as jogadoras brasileiras, em sua maioria, estarem atuando no exterior, ajuda a compor um time mais forte.
“Das 16 jogadoras que temos, 14 jogam no exterior. E não estão lá para compor grupo. Tem papel de destaque em suas equipes, atuando em países que tem o handebol bastante desenvolvido. Estamos confiantes com a capacidade de jogar bem contra todos”, afirma.
Sobre os primeiros adversários na competição – Croácia e Montenegro -, o treinador diz que eles têm estilo parecido com o brasileiro e por isso podem travar duelos interessantes.
“Falando em times fortes e fracos, não tem muita diferença em Jogos Olímpicos. Montenegro acabou de tirar a França no pré-olímpico e ficou no primeiro lugar no sorteio. A Croácia acabou de ganhar da Dinamarca duas vezes na classificação do Europeu, em dezembro. Estamos preparados para enfrentar os dois”, disse ele.
O treinador disse estar tranquilo sobre as possibilidades do Brasil na competição. “Temos cinco jogos na chave para conseguir a nossa meta, que é chegar nas quartas-de-final. Ao mesmo tempo é um jogo de handebol, que vale 60 minutos. Não estou mais estressado por isso”, afirma.
A experiência do grupo ajuda na proposta do treinador. “Eu acho que é um trabalho que vem de um tempo com esse grupo. Você olha bem, do grupo que está aqui jogou o Mundial. Porém, não é um carimbo de qualidade jogar em um clube europeu. Para mim, depende de onde joga. A maioria das meninas que está na Seleção não são ‘banco’ em seus clubes”, diz.
FONTE: http://www.terra.com.br