ESPECIAL: Tudo tem seu começo – Jundiaí HC
Jundiaí é uma das equipes tradicionais que está no cenário do handebol paulista e o trabalho do clube, como caracteriza Rita Orsi, é “caseiro, da base, onde os atletas passaram por todas as etapas” até chegar à categoria principal. Rita é uma das principais líderes do Jundiaí, seja em quadra, como técnica, ou fora, como diretora.
No trabalho com a categoria Infantil, o que é priorizado pelos profissionais do clube não é apenas o acerto nos movimentos, mas sim a consciência do jogo e da vida. “Priorizamos o aprendizado global dos atletas. Não a perfeição do gesto motor, mas sim a tomada de decisão e a resolução de problemas em diferentes situações de jogo. Além disso, o trabalho em pequenos grupos para que todos os atletas realmente participem das atividades é muito utilizado”, Rita explica as atividades de Jundiaí com os jovens atletas.
Um diferencial do trabalho é o envolvimento das crianças com atividades coordenativas, como festivais e gincanas, onde a família participa e acompanha o envolvimento e evolução do jovem aspirante. O fator família pode auxiliar em um fenômeno comum entre praticantes de handebol e outros esportes no Brasil, a falta de procura e a desistência.
Para Rita, o assédio aos jovens não é apenas de outras modalidades mais badaladas, como o voleibol e o futebol, mas também do comportamento da nova realidade social. São “as ‘atrações’ oriundas da vida social desta nova geração, ou seja, namoro cada vez mais cedo, redes sociais (Internet), baladas, os nossos grandes adversários, uma geração que não quer compromissos, horários, rotinas, traçar objetivos”, segundo Rita. E, para ela, algumas alternativas são proporcionar informações sobre a modalidade à criança e divulgar o handebol na cidade: “sempre que possível devemos promover eventos que ofereçam às crianças, ainda em nível escolar, a possibilidade de vivenciar a modalidade de forma prazerosa a fim de desenvolver o gosto pela modalidade”.