ESPECIAL: Tudo tem seu começo – Cabreúva
“Buscamos junto aos professores uma concepção de treinamento multilateral para a formação dos atletas das categorias de base”. Essa é a forma que o professor David Brito treina os jovens meninos da PM Cabreúva. O município de pouco mais de 41 mil habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE, encontra-se na macro região de São Paulo, a 78km da capital.
Cidade pequena, mas que já vislumbra um novo crescimento, o do handebol. De acordo com o professor David, crianças de oito anos já começam a procurar pela modalidade e esse assédio é uma base para que nasça em Cabreúva uma cultura do esporte. Para que isso se torne uma realidade, David acredita que é necessário que se invista em profissionais: “o professor que trabalha com a formação, necessita de tempo para planejamento e acompanhamento individual das necessidades do aluno e a cultura de nosso País está longe dessa compreensão, principalmente na valorização desses profissionais”, fala o treinador.
Motivar jovens atletas a seguirem com o esporte não é uma tarefa fácil em um país em que a cultura do alto rendimento é dominante, deixando de lado conceitos de educação e socialização de crianças tão relacionados à prática esportiva. “Precisa-se criar uma costume de investimento para a formação de base, independente da modalidade, como também, deixar claros os valores de formação através do esporte à sociedade. O alto rendimento é conseqüência de tudo isso. É necessário possuir políticas públicas adequadas e que, só podem ser construídas através da competência de lideranças, não por curiosos”. Para David, “todos têm seu valor na equipe” e, assim como o destaque do time é o conjunto, a união dos interessados é o fundamental para que o handebol cresça na sociedade. E o começo de tudo é com as categorias de base.