ESPECIAL: Tudo tem seu começo – AD Centro Olímpico
Com a missão de “promover o desenvolvimento de atletas e equipes competitivas nas categorias de base, com apoio e suporte técnicos efetivos”, o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa tem o compromisso de formar atletas. A entidade faz parte da Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação da Prefeitura de São Paulo e atende todo jovem entre as idades de sete a 17 anos.
A Associação Desportiva Centro Olímpico, antigo Clube Desportivo Padote, foi criada para complementar as atividades do COTP e viabilizar a participação da entidade em competições de Federações Paulistas e Confederações. O handebol é um braço deste trabalho. Daniel Suárez, o Cubano, é o coordenador e técnico da modalidade no COTP. Cubano recebeu a reportagem do site da FPHand em uma tarde durante os treinamentos e foi logo mostrando a metodologia de trabalho para o desenvolvimento das atletas de handebol.
De acordo com o diretor, durante todo ano são realizadas peneiras e a procura sempre é grande. Hoje, são 147 atletas, sendo que 70% delas fazem parte da iniciação. “O handebol é fácil de aplicar, fácil de aprender. Por isso as crianças gostam”, Cubano explica o porquê do esporte ser tão procurado.
Ter sensibilidade para entender qual o momento da atleta e o que exigir das mesmas é um passo para o bom desempenho na formação. Para o Infantil, o COTP procura desenvolver a capacidade de jogo das crianças, sem uma obrigação tática das mesmas. “Nós trabalhamos muito com a parte da técnica individual das atletas e, a partir daí, as ações de grupo; nós temos uma padronização, um planejamento com relação à parte física, a parte de musculação e o entendimento do jogo como um todo. Se não trabalharmos a técnica individual não estaremos formando atleta. Não adianta nessa idade fazer jogada ou movimentação porque não vão conseguir. Tem que apurar a técnica individual. E aí elas terão a tomada de decisão”.
As jovens atletas fazem três treinos semanais. Em uma dessas ocasiões, ocorre ainda uma sessão de psicologia do esporte. As meninas têm um acompanhamento, tanto em grupo como individual, de psicólogas que as orientam. E não é só esse tipo de assistência. Além de receberem uniforme e lanche, têm acompanhamento médico e de fisioterapeuta.
Motivar a criança é, como ressalta Cubano, “o maior desafio do treinador”. E é com a competência que o COTP busca isso; dando às jovens meninas a possibilidade de um dia alcançar o sonho de ser uma atleta de ponta. “É muito importante que a gente saiba lidar com essa idade. É uma idade na qual elas estão descobrindo, estão fortalecendo no peito aquilo que querem com relação ao esporte”.